Biblioteca e Arte
Blog criado por Tatyanne Valdez (bibliotecária) para socializar informações sobre Biblioteca e suas relações com as diversas linguagens artísticas. Além de divulgar suas atividades como contadora de histórias.
sábado, 12 de outubro de 2024
quarta-feira, 2 de outubro de 2024
segunda-feira, 27 de maio de 2024
Conto sobre relacionamentos: A mendiga e o Samurai
Oi gente! Eu precisava compartilhar esse conto que muito me tocou nessa manhã de segunda! Então pensei, irei resgatar o meu blog para compartilhar esse texto grande. Espero que gostem!
Conta-se que um bravo samurai viveu na ilha de Hokaido, no norte do Japão. Ele era um senhor feudal que possuía grandes áreas de terra, tendo, assim, muitos súditos. Tudo adquiriu após diversas batalhas, no comandando as tropas do Imperador.
Certa feita, após uma guerra, voltou para a sua terra natal e decidiu que iria casar-se. Tratava-se de um homem forte e belo e, quando a notícia de que o Samurai desejava casar-se se espalhou, por toda a ilha as mulheres ansiavam por desposá-lo. As mulheres mais bonitas da ilha e de outras ilhas mais distantes o visitavam em seu palácio, sendo que muitas delas lhe ofereceram, além de sua beleza e encantos, muitas riquezas. Nenhuma, contudo, o satisfez o suficiente para se tornar sua esposa.
Um dia, uma jovem maltrapilha e simples chegou ao palácio do samurai e, com muita luta, conseguiu uma audiência:
“Eu não tenho nada material para lhe oferecer, só posso lhe dar o grande amor que sinto por você”. Como prova, complementou: “Se você me permitir, eu posso fazer algo para te mostrar esse amor”.
Isso despertou a curiosidade do samurai, que lhe pediu para dizer o que poderia fazer.
“Vou passar 100 dias em sua varanda, sem comer ou beber nada, exposta à chuva, sereno, sol e frio à noite. Se eu aguentar esses 100 dias, você me fará a sua esposa”, afirmou a jovem.
O samurai, surpreso (embora não comovido), aceitou o desafio. Ele disse: “Eu aceito. Se uma mulher pode fazer tudo isso por mim, ela é digna de ser minha esposa”.
Dito isto, a mulher começou seu sacrifício.
Os dias começaram a passar e a mulher suportou bravamente as piores tempestades. Muitas vezes ela sentia que desmaiava de fome e frio, mas encorajou-se a por imaginar que que finalmente estaria ao lado de seu grande amor.
De tempos em tempos, o samurai mostrava seu rosto do conforto de seu quarto para vê-la e acenava com o polegar.
À noite a temperatura caiu para muitos graus negativos e isso por si só deveria ser de uma grande penúria, porque ela não tinha um único cobertor.
Foi assim que o tempo passou: 20 dias, 50 dias… As pessoas da ilha ficaram felizes porque pensaram: Finalmente teremos uma esposa para o nosso senhor!
90 dias … O samurai continuou a mostrar a cabeça de vez em quando para ver como estava o sacrifício de sua pretendente: “Esta mulher é incrível”, ele pensou consigo mesmo, e lhe deu encorajamento novamente.
O dia 99 finalmente chegou e todos os habitantes da ilha começaram a se reunir nos arredores do palácio para ver o momento em que aquela mulher se tornaria a esposa do samurai. Eles estavam contando as horas, às 12 horas daquele dia, eles teriam um casamento.
A pobre mulher, em sua grande simplicidade, foi ainda acometida por extrema fraqueza e por doenças… Então algo inseperado aconteceu: às 11 da noite do centésimo dia, a mulher corajosa se rendeu e decidiu se retirar daquele palácio. Deu uma olhada triste no samurai que o fitava surpreso e saiu sem dizer uma palavra.
As pessoas ficaram chocadas! Ninguém conseguia entender por que aquela mulher corajosa desistira de apenas uma hora a mais para ver seus sonhos se tornarem realidade. Ela já havia suportado tanto!
Ao chegar em sua casa, seu pai já sabia da sua desistência e perguntou: “Por que você desistiu de ser a esposa do grande samurai?”
E, para seu espanto, ela respondeu: “Eu tinha 99 dias e 23 horas em sua varanda, suportando todos os tipos de calamidades e ele foi incapaz se me liberar desse sacrifício. Ele meu viu sofrendo e só me encorajou a continuar, sem mostrar nem um pouco de compaixão pelo meu sofrimento. Eu esperei todo esse tempo por um vislumbre de bondade e consideração que nunca veio. Então eu entendi: uma pessoa tão egoísta, imprudente e cega, que só pensa em si mesma, não merece meu amor!”
Isso nos faz refletir: quando você ama alguém e sente que para manter essa pessoa ao seu lado você tem que sofrer, sacrificar sua essência e até implorar, mesmo que doa, se retire. E não tanto porque as coisas ficam difíceis, mas porque quem não faz você se sentir valorizado, quem não é capaz de lhe doar o melhor de si mesmo, será incapaz de retribuir o compromisso e a entrega que você dispenso a ele e, DEFINITIVAMENTE, você merece um amor do tamanho de si.
Este conto foi adaptado do site: Rincón del Tibet
Fonte:
https://rduirapuru.com.br/colunas/a-mendiga-e-o-samurai-surpreendente-conto-japones-que-fara-com-que-voce-repense-seus-relacionamentos/
Imagem criada por IA no Canva
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Mediação da leitura na educação infantil
“O contato com a literatura desde cedo fica guardado na memória poética e marca o desenvolvimento da criança.” Yolanda Reyes
Destaco algumas dicas para contar histórias com bebês e crianças:
1. É muito importante respeitar o tempo de escuta da história dos bebês e crianças.
2. Conheça previamente a história que irá contar! Assim, é mais fácil para dramatizar, brincar com as palavras e os sons, usar a entonação e os gestos nos momentos certos! Por exemplo, Nicolas adora as repetições das palavras e as onomatopeias. Não podemos esquecer do ritmo das histórias, pois uma leitura monótona não cativa ninguém, muito menos os bebês e as crianças !
3. Improvise! Reconte o conto! Se tem muito texto, apresente parte da história, mostre as ilustrações e lembre de conversar com o seu bebê sobre a história.
4. Ensine o seu bebê a folhear as páginas, pode deixá-lo tocar, abraçar e até beijar o livro! É muito importante criar conexões entre você, o bebê e o livro!
5. Para escolher a história é muito importante explorar os sentidos. Bebês gostam de livros com bichos, rimas, narrativas com barulhos e com objetos do cotidiano. As crianças gostam de contos de fadas, fábulas e parlendas.
6. Não importa se é literatura brasileira ou estrangeira. É indispensável que a história seja envolvente e repleta de significados para os bebês e crianças. Nicolas gosta muito do livro "O ratinho, o morango vermelho maduro e o grande urso esfomeado" de Andrey e Don Wood. Percebi que os elementos da história e a minha interpretação foram cruciais para ser o seu livro preferido desde quando tinha meses de nascido!
7. Crie ritos! Escolha sempre um mesmo local para contar histórias ou um determinado momento do dia, cante canções e bata palmas. Eu sempre conto as histórias antes de Nicolas dormir e finalizo com palmas!
Mais informações sobre leitura com bebês? É só seguir meu Ig @lendocomnicolas
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Lei nº 13.696, de 12 de julho de 2018, que institui a Política Nacional da Leitura e da Escrita (PNLE)
Trata-se de lei que define as estratégias para promoção do livro, da leitura, da literatura, da escrita e das bibliotecas públicas do nosso país.
É possível saber mais sobre ela através do link: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13696-12-julho-2018-786975-norma-pl.html
Fonte: http://culturadigital.br/gpbp/noticias/