segunda-feira, 27 de maio de 2024

Conto sobre relacionamentos: A mendiga e o Samurai

 Oi gente! Eu precisava compartilhar esse conto que muito me tocou nessa manhã de segunda! Então pensei, irei resgatar o meu blog para compartilhar esse texto grande. Espero que gostem! 

Conta-se que um bravo samurai viveu na ilha de Hokaido, no norte do Japão. Ele era um senhor feudal que possuía grandes áreas de terra, tendo, assim, muitos súditos. Tudo adquiriu após diversas batalhas, no comandando as tropas do Imperador.

Certa feita, após uma guerra, voltou para a sua terra natal e decidiu que iria casar-se. Tratava-se de um homem forte e belo e, quando a notícia de que o Samurai desejava casar-se se espalhou, por toda a ilha as mulheres ansiavam por desposá-lo. As mulheres mais bonitas da ilha e de outras ilhas mais distantes o visitavam em seu palácio, sendo que muitas delas lhe ofereceram, além de sua beleza e encantos, muitas riquezas. Nenhuma, contudo, o satisfez o suficiente para se tornar sua esposa.

Um dia, uma jovem maltrapilha e simples chegou ao palácio do samurai e, com muita luta, conseguiu uma audiência:

“Eu não tenho nada material para lhe oferecer, só posso lhe dar o grande amor que sinto por você”. Como prova, complementou: “Se você me permitir, eu posso fazer algo para te mostrar esse amor”.

Isso despertou a curiosidade do samurai, que lhe pediu para dizer o que poderia fazer.

“Vou passar 100 dias em sua varanda, sem comer ou beber nada, exposta à chuva, sereno, sol e frio à noite. Se eu aguentar esses 100 dias, você me fará a sua esposa”, afirmou a jovem.

O samurai, surpreso (embora não comovido), aceitou o desafio. Ele disse: “Eu aceito. Se uma mulher pode fazer tudo isso por mim, ela é digna de ser minha esposa”.

Dito isto, a mulher começou seu sacrifício.

Os dias começaram a passar e a mulher suportou bravamente as piores tempestades. Muitas vezes ela sentia que desmaiava de fome e frio, mas encorajou-se a por imaginar que que finalmente estaria ao lado de seu grande amor.

De tempos em tempos, o samurai mostrava seu rosto do conforto de seu quarto para vê-la e acenava com o polegar.

À noite a temperatura caiu para muitos graus negativos e isso por si só deveria ser de uma grande penúria, porque ela não tinha um único cobertor.

Foi assim que o tempo passou: 20 dias, 50 dias… As pessoas da ilha ficaram felizes porque pensaram: Finalmente teremos uma esposa para o nosso senhor!

90 dias … O samurai continuou a mostrar a cabeça de vez em quando para ver como estava o sacrifício de sua pretendente: “Esta mulher é incrível”, ele pensou consigo mesmo, e lhe deu encorajamento novamente.

O dia 99 finalmente chegou e todos os habitantes da ilha começaram a se reunir nos arredores do palácio para ver o momento em que aquela mulher se tornaria a esposa do samurai. Eles estavam contando as horas, às 12 horas daquele dia, eles teriam um casamento.

A pobre mulher, em sua grande simplicidade, foi ainda acometida por extrema fraqueza e por doenças… Então algo inseperado aconteceu: às 11 da noite do centésimo dia, a mulher corajosa se rendeu e decidiu se retirar daquele palácio. Deu uma olhada triste no samurai que o fitava surpreso e saiu sem dizer uma palavra.

As pessoas ficaram chocadas! Ninguém conseguia entender por que aquela mulher corajosa desistira de apenas uma hora a mais para ver seus sonhos se tornarem realidade. Ela já havia suportado tanto!

Ao chegar em sua casa, seu pai já sabia da sua desistência e perguntou: “Por que você desistiu de ser a esposa do grande samurai?”

E, para seu espanto, ela respondeu: “Eu tinha 99 dias e 23 horas em sua varanda, suportando todos os tipos de calamidades e ele foi incapaz se me liberar desse sacrifício. Ele meu viu sofrendo e só me encorajou a continuar, sem mostrar nem um pouco de compaixão pelo meu sofrimento. Eu esperei todo esse tempo por um vislumbre de bondade e consideração que nunca veio. Então eu entendi: uma pessoa tão egoísta, imprudente e cega, que só pensa em si mesma, não merece meu amor!”

Isso nos faz refletir: quando você ama alguém e sente que para manter essa pessoa ao seu lado você tem que sofrer, sacrificar sua essência e até implorar, mesmo que doa, se retire. E não tanto porque as coisas ficam difíceis, mas porque quem não faz você se sentir valorizado, quem não é capaz de lhe doar o melhor de si mesmo, será incapaz de retribuir o compromisso e a entrega que você dispenso a ele e, DEFINITIVAMENTE, você merece um amor do tamanho de si.

Este conto foi adaptado do site: Rincón del Tibet

Fonte: 

https://rduirapuru.com.br/colunas/a-mendiga-e-o-samurai-surpreendente-conto-japones-que-fara-com-que-voce-repense-seus-relacionamentos/

Imagem criada por IA no Canva


quarta-feira, 15 de maio de 2019

Mediação da leitura na educação infantil

A leitura de colo cria vínculos afetivos entre mães e filhos. 


É um momento só nosso, tenro e  com sutilezas que só a leitura literária pode proporcionar em nossas vidas 😍 



Imagens do arquivo pessoal

 “O contato com a literatura desde cedo fica guardado na memória poética e marca o desenvolvimento da criança.” Yolanda Reyes

 Destaco algumas dicas para contar histórias com bebês e crianças:
1. É muito importante respeitar o tempo de escuta da história dos bebês e crianças.
2. Conheça previamente a história que irá contar! Assim, é mais fácil para dramatizar, brincar com as palavras e os sons, usar a entonação e os gestos nos momentos certos! Por exemplo,  Nicolas adora as repetições das palavras e as onomatopeias.  Não podemos  esquecer do ritmo das histórias, pois uma leitura monótona não cativa ninguém, muito menos os bebês e as crianças !
3. Improvise! Reconte o conto! Se tem muito texto, apresente parte da história, mostre as ilustrações e lembre de conversar com o seu bebê sobre a história.
4. Ensine o seu bebê a folhear as páginas, pode deixá-lo tocar, abraçar e até beijar o livro! É muito importante criar conexões entre você,  o bebê e o livro!
5. Para escolher a história é muito importante explorar os sentidos. Bebês gostam de livros com bichos, rimas,  narrativas com barulhos e com objetos do cotidiano. As crianças gostam de contos de fadas,  fábulas e parlendas.
6. Não importa se é literatura brasileira ou estrangeira.  É  indispensável que a história seja envolvente e repleta de significados para os bebês e crianças.  Nicolas gosta muito do livro "O ratinho,  o morango vermelho maduro e o grande urso esfomeado" de Andrey e Don Wood.   Percebi que os elementos da história e a minha interpretação foram cruciais para ser o seu livro preferido desde quando tinha meses de nascido!
7. Crie ritos! Escolha sempre um mesmo local para contar histórias ou um determinado momento do dia, cante canções e bata palmas. Eu sempre conto as histórias antes de Nicolas dormir e finalizo com palmas!

Mais informações sobre leitura com bebês? É só seguir meu Ig @lendocomnicolas 

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Lei nº 13.696, de 12 de julho de 2018, que institui a Política Nacional da Leitura e da Escrita (PNLE)


No dia 13/07/2018, foi publicado no Diário Oficial da União a Lei nº 13.696, de 12 de julho de 2018, que institui a Política Nacional da Leitura e da Escrita (PNLE) a ser implementada pelo Ministério da Cultura (MinC) e pelo Ministério da Educação (MEC) em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os municípios e com a participação da sociedade civil e de instituições privadas.

Trata-se de lei que define as estratégias para promoção do livro, da leitura, da literatura, da escrita e das bibliotecas públicas do nosso país.

É possível saber mais sobre ela através do link: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13696-12-julho-2018-786975-norma-pl.html

Fonte: http://culturadigital.br/gpbp/noticias/



Para homenagear essa notícia tão importante para a cultura e a educação da sociedade brasileira, compartilho essa imagem do ano de 2011. A boneca contadora de história levou alegria e conhecimento para as crianças de uma escola do município de Passa Três em Rio Claro. Agradeço o convite da  Tânia Suckow, que na época era Coordenadora de Livro e Leitura da Prefeitura de Rio Claro. Ações educativas que contemplem a mediação do livro são essenciais para a formação de um cidadão.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Oficina: A arte de Contar Histórias em Bibliotecas

A Biblioteca Central da UNIRIO completa 40 anos em 2017 e para comemorar realizará diversas atividades culturais. 

Deste modo, irei ministrar uma oficina no dia 25/01 sobre a arte de contar histórias em bibliotecas. Vou compartilhar minhas experiências nas bibliotecas por onde trabalhei (especializada e pública) e algumas técnicas sobre como realizar essa linda arte em uma biblioteca escolar!

 Vejam a programação de janeiro que já está disponível. Interessados em participar das atividades devem fazer a inscrição on-line.

Outras informações pelos telefones 2542-1864/1369.



A leitura é uma arte que se transmite, mais do que se ensina - Michèle Petit


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Sugestões de livros de literatura infantil e juvenil sobre imigrantes, guerra, diversidade cultural, ética, solidariedade e direitos humanos

Sugestões de livros de literatura para crianças, da editora Pulo do Gato, sobre temas que tem sido muito divulgado nas mídias. Com belas ilustrações e conteúdos que aumentam o conhecimento das crianças.
"Este comovente poema narrativo, do consagrado escritor alemão Bertolt Brecht, conta a história da árdua peregrinação de um grupo de crianças órfãs que foge dos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial e que, juntas, enfrentam toda a sorte de dificuldades em busca de um lugar seguro onde refugiar-se. Sem perder a esperança e a solidariedade, os pequenos peregrinos lutam contra a fome, o frio, a miséria e o desamparo".



"Azzi e seus pais correm perigo e precisam fugir às pressas, deixando para trás sua casa, seus parentes, seus amigos, seus trabalhos e sua cultura. Ao embarcarem rumo a um país desconhecido, levam, além da pouca bagagem, a esperança de uma vida mais segura. Azzi terá de enfrentar a saudade que sente da avó e muitos desafios: aprender outra língua, compartilhar a preocupação dos pais, adaptar-se à nova casa e cidade, frequentar a nova escola e fazer novas amizades".



"Kitoko foi adotado. Sua nova mãe está grávida e ele se pergunta se continuará a ser amado depois que sua irmãzinha nascer. Enquanto espera pela mãe, Kitoko adormece e sonha com a África, continente onde nasceu. Em sonhos, reencontra a irmã biológica, e relembra tudo o que aconteceu com sua primeira família... agora o futuro o espera, terá uma nova irmã a quem irá amar e construir uma nova história".



"Uma menina viaja com seu pai, mas não sabemos para onde vão. Durante a longa caminhada, ela vai contando os animais, as nuvens e as estrelas do céu. Também conta crianças e soldados. Às vezes, eles param em algum lugar, durante uns dias, pois o pai precisa ganhar dinheiro para prosseguirem. Na comovente história "Para onde vamos", dos mesmos autores de Eloísa e os bichos, uma pequena menina nos conta sua viagem, uma jornada que compartilha com milhares e milhares de crianças e famílias que atravessam a fronteira com os Estados Unidos, vindas do México e da América Central".